domingo, 23 de agosto de 2009

Tentativas de versos - Porto da vida

Alma que brilha, feito branco em neon.
Amoxilina tem gosto de batom.
O baú de minha cama, soa como cajón.
Sinto-me alto, no mais elevado cume.
Mesmo com tanta alergia, amo o aroma do teu perfume.
Tem cheiro de mulher, jasmim e ciúme.

Piso no branco, piso no preto. Não piso na linha, senão eu tropeço.
Conto meus passos, mas, só até dez. Mexo meus dedos, ponta dos pés.
Gosto de câimbra, de ouvir Caymmi. Anseio por samba, aos que desatinem.
Não suporto poemas, poesias e rimas. Palavras formosas, uma embaixo outra em cima.

Fria madrugada em Havana. Uma dose de conhaque com cacau. No banco de trás ou na cama? Guiados por um caminho passional.
Armada de amor atingiu-me o peito. Sobrancelhas arqueadas. Atenção desviada. Minha devoção e meu respeito.
Habitava em mim um vazio sem igual. Descobri que este vácuo era do tamanho de Deus.
Enxerguei que, o maior conselho que podemos dar a alguém, chama-se: EXEMPLO.
Devo devolver o dom autodidata aos meus. Era o que procurava. Renovação em meu templo.