segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Como toalhas brancas

Quando irá se separar da separação. Quando o abandono te abandonará? A rejeição. Quando rejeitarás? Quando abandonarás? Irá passar a dor? Irá passar pro outro, a dor, Ator. 

Ilusão da mente. Que a gente não exerga, só sente e mente. A gente inventa só pra sentir, daí quando a gente sente, deixa de ser invenção. 

Como toalhas brancas, que a gente lava pra tirar a mancha, numa última tentativa de ainda usá-las, mas se não ficarem limpas, a gente joga fora no lixo ou se torna pano de chão. A gente sabe que não ficará igual a quando ganhamos no enxoval, mas a gente tenta.

E assim, é o fim. Elas deixam de serem brancas, viram cinzas. Deixam se ser toalhas, deixam de ser quem é ou se transformam, cumprem seu destino, mas elas não são descartáveis talvez nós somos e projetamos nas toalhas.

Do ponto de vista filosófico, "estar de barriga cheia" não quer dizer muita coisa. Urubus e abutres estão sempre satisfeitos, porém alimentados de carniça. Assim, como pessoas que se sentem bem quando outros estão mal, ou supostamente mal, parasitas. Parasitas param e sugam a energia, até a morte do sistema e saem, pôr que ali não serve mais, e vão parasitar em outra vida até a morte. Assim, como toalhas brancas do enxoval.