sábado, 30 de janeiro de 2010

Hoje fui ao cardiologista.

Hoje, resolvi procurar um especialista. De tanta dor e conselhos, fui ao cardiologista. Para minha surpresa, realmente, tinha algo errado. Suspeitava que fosse uma arritmia. Alguns sintomas apontavam para qualquer coisa ligada ao miocárdio. Porém, exames não foram necessários. O médico diagnosticou no ato. Bastou olhar em meus olhos, reparar em meus cabelos, nas unhas e em meus sapatos. O tratamento será extenso, um ano - ou mais - tomando remédio, fora a angústia e o tédio.

O problema em si é pior do que achávamos a princípio. Não é o primeiro caso, mas, agravará se não tratado, afirmou o doutor. Contudo, neste episódio, especialmente, quer que eu tome bastante cuidado, principalmente, no primeiro mês, para garantir melhor adaptação à nova rotina. Pediu-me sensatez. Disse ainda que acredita em uma recuperação, absurdamente, rápida, mais do que a maioria. Pois, sou jovem e, é comum em minha idade, confundir amor com paixão. Os sintomas irão voltar, ressaltou. Porém, estarei mais calejado para eventuais fatos ligados ao coração, ou não.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Não é pressa. É saudade!

Por alta velocidade, fui parado por um policial. Encostou-se em meu carro, mandou baixar o vidro, advertindo-me pela pressa, disse:

- Imprudente no volante, rapaz!?

Baixando o volume do rádio (que tocava Roberto), lhe respondi com fino trato:

- Não se trata de imprudência, seu guarda, tampouco imperícia. Na verdade, trata-se de saudade.

Mesmo não perdendo a postura, seus olhos brilharam, entendendo que, no fundo, eu não tive culpa. O policial partiu com um sorriso e eu saí com uma multa.