Hoje, resolvi procurar um especialista. De tanta dor e conselhos, fui ao cardiologista. Para minha surpresa, realmente, tinha algo errado. Suspeitava que fosse uma arritmia. Alguns sintomas apontavam para qualquer coisa ligada ao miocárdio. Porém, exames não foram necessários. O médico diagnosticou no ato. Bastou olhar em meus olhos, reparar em meus cabelos, nas unhas e em meus sapatos. O tratamento será extenso, um ano - ou mais - tomando remédio, fora a angústia e o tédio.
O problema em si é pior do que achávamos a princípio. Não é o primeiro caso, mas, agravará se não tratado, afirmou o doutor. Contudo, neste episódio, especialmente, quer que eu tome bastante cuidado, principalmente, no primeiro mês, para garantir melhor adaptação à nova rotina. Pediu-me sensatez. Disse ainda que acredita em uma recuperação, absurdamente, rápida, mais do que a maioria. Pois, sou jovem e, é comum em minha idade, confundir amor com paixão. Os sintomas irão voltar, ressaltou. Porém, estarei mais calejado para eventuais fatos ligados ao coração, ou não.