quarta-feira, 10 de setembro de 2008

On/Off

A morte do homem, foi à forma que Deus criou para provar a própria existência. Morremos para servir de exemplo aos que ficaram em clemência.
Para lembrar a todos que o homem pode criar grandes bombas, pequenos chips, ir à lua, cremes anti-rugas, enfim, virar o mundo ao avesso. Confesso, achava que era possível, mas, não podemos driblar nosso encontro com a morte. Quem dera poder ter esta sorte.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Lamúrias de burguesa – Parte II

Quando os ratos saem.

A casa estava repleta de pessoas, garrafas quebradas, libido, vícios e solidão. Os pais de Mariana foram viajar e a garota resolveu chamar algumas pessoas para uma festinha. Pessoas. Pois, nem todos eram amigos.

No sofá, garotos bêbados. Nos quartos, jovens casais se cobrindo e descobrindo-se. Na cozinha, sujeira. Em todos os cômodos, detalhes. Como de praxe, o som alto incomodou os vizinhos, que posteriormente contaria sobre o evento para os donos da casa. Porém, Mariana não se importava. Bebia a vida, dançava de um jeito esquisito – pois, as músicas também eram estranhas -, observava o mundo de maneira particular, ao seu modo.

A maioria das pessoas que ali estavam, pouco se importava com Mariana. No dia-a-dia, mal cumprimentava a menina. Eles queriam beber, só queriam se divertir e toda esta diversão fora custeada por ela. Mas, e daí? Ela pouco se importava com eles também, era um desdém recíproco.

- A festa tava legal, tirando a presença da Michele. Ela tava ali pelo Beto. Porém, se fudeu! Gostei muito quando ele foi dançar com a Gabi. Enfim, o castigo de um mês “sem” internet tá valendo à pena. Faria (e farei) tudo de novo. Tirando a ressaca que ta foda! Só não entendo por que minha mãe chegou antes, já que meus pais foram juntos... Enfim, até a próxima viagem! Vou ligar para o Gustavo, agora mesmo! Será que ele não veio, pois...

Sem “será” e sem “pois”. Na pressa, rasguei esta folha pela metade, fiquei sem saber o resto da história da festa que Mariana organizou. É, e vocês também.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Alegorias sem alegrias.

Nunca espere reconhecimento em vida.
Os maiores gênios não ganharam o Nobel.
Em suas estantes, não há nenhum troféu.
Suas glórias, tiveram prestígio depois de suas partidas.
Nunca ouviram aplausos e conviveram com a ingratidão.
Este é o fardo para quem opta por estender a mão.
Eles são gênios e sempre serão.
E para um gênio, o maior prêmio é a solidão.