quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Passo-a-passo.

Passo a noite em claro, logo amanhece. Emaranhado de pensamentos, passa-se o tempo. Vejo os raios de sol passar entre as frestas de minha janela.

Sem compasso, faço um circulo com minhas passadas. Conto os passos que me levam da cama ao banheiro. Ao passar as mãos no rosto, relembro meu passado. Passo todos os dias em frente daquele bar, no final da passarela.


Ultrapasso minha sombra. Em cada canto, ouço o canto descompassado de alguns pássaros que passam sobre mim. Passando pelas mesmas pessoas, relembro os mesmos prazeres e choro pelos mesmos pesares.


Passava as pontas dos dedos entre seus cabelos despontados. Passam-se as horas, os dias, alguns anos, tanto faz. No final, tudo se torna lembranças, tudo fica para trás.