quinta-feira, 6 de março de 2008

Dicotômicos.

Ouço tal conversa e considero bastante atraente. Assuntos interessantes. Papo inteligente.

Certo apego as normas cultas. Diversas maneiras de ver o mundo.

Fala-se sobre música, arte, cinema, enfim. Fala-se sobre você. Fala-se sobre mim.

Eles são engajados. Passam noites em claro. Roubam livros. Quebram vidraças. Visões românticas e apelo ao belo. Querem a paz através da desgraça.

Estão à frente da gente. Em um tempo interno diferente. É sobre isto que eles falam. Mas, não é isso que eles sentem. Não acreditam em Deus. Eles mentem.

Não toleram a fome. Pouco menos as guerras. Pintam a cara e se abraçam. Tudo isso com seus cérebros bem alimentados, na proteção de suas câmeras de segurança e refrigerados pelo ar condicionado do apartamento dos pais.

Fim de semana na casa-de-campo. Uma reunião regada a bebidas caras e conversas fantasiosas. Brigam, falam alto e fazem as pazes. Eles realmente não sabem o que fazem.

Eles são católicos. Eles não sabem rezar. Eles são caóticos. Eles não sabem amar. Contraditórios e vivem à quem. Eles são "o mal". Eles só querem "o bem".

3 comentários:

Eduardo disse...

político...

caramba, se vc escreveu esses três textos de uma vez tava bem inspirado msm! Um não tem nada a ver com o outro!

Ficaram 1000! Abração velho!

Anônimo disse...

"IDEOLOGIA" falta uma pra viver...
Bonito texto, crítico e fluido.

Thiago da Hora disse...

quando eu crescer quero escrever igual a você... HAHAHAHA