sexta-feira, 27 de abril de 2012

Bela Augusta!

Embaixo da terra, no atalho de ferro, entre vidros e emoções, vejo o mundo pela raiz, no pulsar das canções. Cortando o caminho do caos, olhando para cima, imaginando carros, rios podres e pessoas infelizes. No metrô, lendo Nietzsche, minha consolação para dias tristes, a morte de minha tragédia, uma fuga em páginas cheirando mofo e tinta velha. 

Salto na seguinte estação, caminhos para perdição, apressado para minha consolação. Afinal, a noite já vive! Quero música, quero gente, rock ou samba, meu paraíso intimo, sentir meus pulmões trabalhando e minhas pernas bambas. Quero sair derrotado, agitado, quero mais uma dose, por gentileza. Subir na mesa! 

Seguro na mão do amor próprio. Somos cúmplices, triviais, correndo feito idiotas, contra o cais. Ultrapassando todas as linhas, indo de ponta a ponta. Da burguesia a ponta podre, da alegria a azia. Juntando tudo e queimando-as livremente, inconsequente, seguindo o ritmo do meu coração. O dia chega e, no contra fluxo da rotina, já sem emoção, fecho a cortina, pois, meus olhos são boêmios, habituados com a escuridão.

3 comentários:

K disse...

Thiago,
menino meu FB deu a louca, não te acho mais nele. Como te procuro por lá mesmo? porque ele mandou um monte de contato pro bloqueio, tenho que ver se tu não tá la também!
beijos
Quel

Jaci Rocha disse...

quantos eus, quanta tragédia, quantos ´dar as mãos`.
Quantas noites?

Jaci Rocha disse...

Quantas mais?