quarta-feira, 2 de novembro de 2011

No interior.

Um amigo meu atravessou o estado para passar ao lado de sua mãe os últimos dias de vida dela. Dias tristes e chuvosos que se arrastaram naquela semana. Ela, ali deitada, só falava com os olhos. Ele previa o fim, mas guardou seu sentimento na garganta.

Quando ela partiu, o coração dele bateu mais forte. Mas, no fundo ficou aliviado, pois o sofrimento, enfim, havia acabado. O céu se abriu meio ao tempo cinza. Um forte sol, inexplicavelmente, surgiu de forma alegórica.
 

Ouvi este relato da boca dele, quando regressou. Arrepiei-me e emocionado o abracei. Um abraço diferente, de olhar e com a forma de minha expressão. Era o sétimo dia do ocorrido. Não rolou nenhuma rocha, ela não ressuscitou.
 

Porém, essa história tirou a pedra que travava meu caminho. Entendi a metáfora de Deus e ele sabe do que estou falando, pois entendeu a minha também, trazendo esta historia até a mim.

3 comentários:

disse...

Incrível e surpreendente. A presença de Deus está em tudo, inclusive naquilo que consideramos "pequenas coisas", como a mudança do tempo, o calor, o sol. A verdadeira filosofia é reaprender a ver a vida.

disse...

Incrível e surpreendente. A presença de Deus está em tudo, inclusive naquilo que consideramos "pequenas coisas", como a mudança do tempo, o calor, o sol. A verdadeira filosofia é reaprender a ver a vida.

Tamara Queiroz disse...

Tocante.

Que o coração continue batendo forte com a pneuma, o sopro dela!