quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Filosofia de botequim - Parte IV – Negue-se.

Encarar as situações do cotidiano entendendo o não-sentido das coisas, de forma apática, não institui que você é omisso. Pelo contrário, trata-se mais de uma negação, de uma forma atuante de mostrar-se indignado com tal. Uma negação remete a uma afirmação e, assim sendo, a indiferença afirma um significado paradoxal.

A lógica do absurdo de viver o não e negar algumas circunstâncias da vida é uma dialética própria, dentro de uma realidade única, que provoca e controverte a realidade que entendemos como a normal, aceita por todos. O tal senso comum.

Parece complexo a primeiro momento, porém a própria filosofia já diz. Negar sua própria existência faz compreender o porquê que você existe e o porquê de todas as coisas.

É como votar nulo, você não precisa votar em alguém para exercer seu direito como cidadão, tampouco votar no menos pior. Ou então, achar que eleição é uma corrida-de-cavalos e não votar no candidato que você se identifica por achar que ele não irá ganhar.

Encare seu não como uma opinião afirmativa. Negue-se. Viver e não ter a vergonha de se negar. Sonhar a beleza de ser um eterno indócil.

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